quarta-feira, 6 de agosto de 2014

FLACEBOOK,3 ANOS

Amigos de alma rubro-negra, há exatos 3 anos, nascia sob o signo de leão a FLACEBOOK.Uma idéia que surgiu quando eu e maé soares, irmã de adriana areosa torciamos on line num jogo fla x coritiba. conversa daki ,torce dali, falei pra maé:" porque não criamos um grupo, se passamos as partidas interagindo e torcendo on line? poderíamos ter um espaço só nosso, onde o personagem principal seria, claro, o nosso FLAMENGO".Ela adorou a idéia e sugeri o nome de FLACEBOOK. Adriana areosa estava, se não me engano na flip, em parati, mas qdo chegou, no domingo, trocamos uma idéia. Ela amou e, inquieta que é, criou imediatamente o grupo, com a condição, que eu praticamente impus, dela ser a administradora. Ela topou, talvez sem saber que estava começando a liderar senão a primeira, mas uma das primeiras torcidas virtuais do país. Passado um tempo, falei para adriana que achava que a gente devia fazer do grupo uma homenagem póstuma ao pai dela, meu querido amigo e mestre joão areosa, que havia morrido não fazia muito tempo. Ela ficou emocionada, achou o maximo. E assim nasceu a FLACEBOOK, que reverencia um dos torcedores mais ferrenhos do rubro-negro e que, com certeza, abençoou e gostou muito da homenagem nos observando lá de cima, sentado na pontinha de uma nuvem. Passados 3 exatos anos hoje, me orgulho de ter criado esse espaço e de ter incentivado um elo de amizade estreito (ainda que virtual) com adriana, maé, turu,tostes, zenia..todos os administradores,pessoas que ao longo dos anos, foram ajudando a manter a casa em ordem, com fases mais tensas, outras nem tanto. Mas estamos aí! Já comemoramos 3 titulos nesse período, apesar dos tempos de vacas magras: uma taça gb, um carioca e uma copa do brasil. com a dedicação de gente que cuida muito bem do espaço, estamos conseguindo levar em frente essa iniciativa, que nasceu do nada no meu pensamento e que hj é uma realidade. Sim, somos quase 3 mil no grupo. Dificil manter a educação, o nível das conversas? Sim é difícil, mas quando alguem se excede a gente contorna, segura a onda, pede calma. E assim vamos vivendo . Que venham mais três, mais seis, mais sei lá quantos anos. Enquanto houver paixão ( e essa parece indissolúvel) pelo Flamengo, o grupo está preservado,firme e forte, com o lema que criei: FLACEBOOK, A TORCIDA QUE TORCE ON LINE . Parabéns!!!!!!!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

ADEUS, MESTRE!!!

Essa semana recebi pelas redes sociais quase que uma overdose de nostalgia em termos de fotos. Varias foram publicadas, mostrando as antigas redações do JB, com registros de muitos mestres que já nos deixaram. Parecia que as postagens eram uma maneira de antecipar a triste notícia da morte do querido jornalista e amigo, Vicente Senna. O cancer o levou. Levou nosso querido amigo e um cara simples, tranquilo, um belíssimo fechador de páginas e páginas de jornais, um expert em esporte, especialmente nos chamados amadores. Quantas edições fechamos juntos, eu , ele , Eloir Maciel, Mara Bentes, Lucia Regina Novaes, Sandra Chaves e tantos outros profissionais, que aprenderam com ele e até hoje aplicam os ensinamentos no dia a dia de suas redações. Vicente era a paz em pessoa. Sempre tranquilo, incapaz de levantar a voz ou de um tratamento que não fosse de respeito e carinho. Já trabalhei com muitos jornalistas nessa vida, mas se tivesse que escolher os 10 mais queridos, certamente o Vicente estaria entre eles. Obrigada Vic por tudo que deixou para tantos colegas como eu. Não faz muito tempo, acho que no ano passado, ele sugeriu um encontro
com velhos parceiros do JB. O encontro não chegou a acontecer, mas saiba que na minha memória você sempre estará presente, como exemplo de profissional, amigo e mestre.

sábado, 14 de junho de 2014

UMA OBRA PRIMA

Quando vi o gol de empate da Holanda, contra a Espanha, pensei: Vincent Van Gogh teria inveja dessa pintura, uma obra de arte rara.O lançamento milimétrico de mais de 40 metros, o voo, o peixinho, com consciência para ver o goleiro adiantado e encobri-lo. Tenho muitos anos vividos no futebol. Minha carreira foi sempre pautada pelo esporte e o futebol foi sempre a paixão maior, mas posso dizer que jamais vi um gol de cabeça tão bonito quanto o de Van Persie. Ele teve o timing da bola, o sincronismo da corrida, o momento certo de voar e tocar de cabeça. O conjunto da obra merece já constar como um das jogadas mais bonitas dessa copa do mundo que nem bem começou. Jogadas desse quilate reforçam a máxima de que o futebol é apaixonante, justamente porque é imprevisível, emocionante, vibrante, surpreendente mesmo, ou alguem nesse mundo acertou esse placar, conseguiu prever que os campeões do mundo levariam um olé, digno das grandes touradas de Madri? Certamente nesse jogo os Deuses do futebol estavam de plantão e todos os anjos da guarda de olhos bem abertos abençoando o futebol arte. 5 a 1 foi demais? Ou demais foi o que Robben, Van Persie e Schneider jogaram? Quem se atreve a responder?.....Afinal estamos tratando de futebol, um esporte mágico, que, graças a Deus,  faz parte da minha vida desde sempre



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O MEU CARNAVAL



Perco o rumo no batuque que escuto ao longe. Ele está por toda parte nesse Rio de sujeira, permissividade, culto ao corpo, inculto de valores. Diz a lenda que o nome disso é Carnaval, festa profana, insana, que brota do nada uma alegria produzida, sem razão, incendeia e apaga por quatro dias preocupações de outros 361 do ano . O sorriso aberto vem de quem chora no ombro da cuíca, um lamento ritmado, a disfarçar mágoas, ressentimentos, decepções, contrastadas com o repique do surdo, que só ouve a fuzarca dos blocos humanos e escuta a introdução de mais uma marchinha, composta no início do século passado. O carnaval reencarna em cada um, o melhor e o pior das essências dos sentimentos perdidos no planeta. Como diz o poeta: “ é a invenção do diabo, que Deus abençoou”. Acho meu rumo ao pegar a estrada no sentido contrário. O som do tamborim vai se afastando, o pandeiro ficou pra trás, na disritmia dos meus passos, em busca do silêncio de uma outra  sinfonia: a orquestra da mata atlântica, onde ecoam trinados gerados pela alvorada, o farfalhar da folhagem, que se deixa levar e seduzir pelo vento, um embalo incessante, calmo, sereno molhado pela corredeira do rio gelado a deslizar sem parar cachoeira abaixo. O ritmo do meu Carnaval é frenético também, provoca euforia, prazer, namora de olhos fechados com a natureza, entra em harmonia com a bateria do meu coração, em compasso coreografado passo a passo, ao encontro do meu ser.
Bom Carnaval!!!

domingo, 13 de janeiro de 2013

A RUA MONTENEGRO

Vivi minha infância e adolescência nas idas e vindas da rua Montenegro. na foto aparece uma legenda, que localiza a rua como sendo no leblon. atribuo o equívoco ao fato de naqueles tempos ninguém mesmo saber ao certo os limites territoriais de ipanema e leblon. hoje a rua se chama vinicius de moraes e esse ano, no centenário do poeta, certamente vai ser muito lembrada. quando morei ali a rua não era tão rural assim ( rs rs), mas era muito tranquila, o casario dominava a paisagem, pouco trânsito, a lanchonete "Nelson" na esquina da barão da torre com a montenegro.....mais abaixo a nascimento silva, que eu subia e descia diariamente para ir ao colegio Rio de Janeiro e a praia, ahhhh a praia, vazia, limpa. o famoso posto 9 ainda na tinha nascido. a Leila (diniz) e a Betty (faria) eram ratas da praia. batiam ponto todo dia naquele pedaço. na rede de volei jogavam Doval. Pc Caju, Dari Reis (ator). enquanto a gente se esbaldava nas ondas, pegando jacaré de peito, na varanda do Veloso na esquina da prudente(hoje Bar Garota de Ipanema), Tom, Vinicius e Cia faziam jus à máxima de que "intelectual não vai à praia...intelectual bebe). bons tempos!!!!

ZÓZIMO

essa estátua no final do leblon é de um velho companheiro do JB; Zozimo Barroso do Amaral. era um gentleman, cavalheiro, gentil, bem humorado, bonito, chamoso...um dos pioneiros do colunismo social, que passou a ter um conteudo mais informativo, um tom mais critico, ácido como ele só, sutil ,político, sem perder o ar de homem de sociedade. às vezes um simples jargão não queria dizer nada e queria dizer tudo...tipo: " e o fulano hein"???? tive o privilégio de conviver com ele e muitas vezes contribuir com umas notinhas para a coluna, especialmente as que falavam de futebol. zozimo faz parte de uma estirpe de jornalistas que não existem mais nas redações de hoje. saudade!!!!

sábado, 6 de outubro de 2012

COBERTOR

Nenhum cobertor vai me aquecer. Não, não é pessimismo. É a vida. Mistura do que VI e do que me DÁ. Vida! Precisava ser tão angustiante? Tão generosa e, ao mesmo tempo, impiedosa? Nenhum cobertor vai me esconder do mundo lá fora, como uma cabaninha daquelas da infância, onde a gente achava que estava protegida dos nossos monstros, imaginários ou não. Agora a infância se foi, a adolescênci
a só deixou lembranças, a mulher brotou, e a maturidade é implacável: enxerga com lentes que aumentam tudo, do ceticismo à ilusão, da paixão à razão, do viver ao morrer. Nenhum cobertor vai encobrir o nó da minha garganta, a lágrima que corre na face esquerda e contrasta com um sorriso tímido, que nasce do canto da boca. Sentimentos antagônicos, incoerentes, coerentes com a minha alma aflita, à procura de uma paz abstrata, que nem sinto, nem vejo, nem toco, nem percebo, nem vivo. Eu não tenho um cobertor.