quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PASSIONE

Os noveleiros simplesmente adoraram! Nos últimos dias acompanhamos os capítulos decisivos de duas, eu disse duas, novelas ao mesmo tempo. Quem aguçou mais a curiosidade dos telespectadores, internautas, torcedores: Totó ou Ronaldinho Gaúcho? Difícil saber. As “tramas” tiveram muitas coincidências. A começar pela interferência de personagens italianos. Os capítulos, ansiosamente esperados por uma legião de fãs, tiveram várias reviravoltas, idas e vindas, desconfianças, estratégias, traições, mistério, revelações. Ronaldinho namorou o Grêmio, chegou a flertar com o Palmeiras, mas preferiu o amante rubro-negro, com seus mais de trinta e cinco milhões de torcedores. Totó armou direitinho, com a ajuda de um time de craques, na pele de Dona Beth, Dona Gemma. Chegou a morrer para, dias depois, ressuscitar. Totó despertou a surpresa e o ódio de Clara. Igualzinho Assis e Ronaldinho fizeram com os corações gremistas e palmeirenses. E tudo isso movido por quê? Pela “passione”, é claro. “Passione “do brasileiro por novelas e pelo futebol nosso de cada dia, naturalmente. Só protagonistas do quilate de Ronaldinho Gaúcho e Tony Ramos, seriam capazes de manter uma platéia sem piscar, à espera das cenas dos próximos capítulos. E tudo caminhou para um final feliz. O The End aconteceu, com a assinatura de Silvio de Abreu e com a assinatura de Ronaldinho, que nos próximos quatro anos vai reinar na Gávea. Pelo menos é o que a nação rubro-negra, em estado de graça, espera dele.A história de “Passione”, com totós, claras, freds ficou para trás. Mas o caso de “Passione “entre o Flamengo e Ronaldinho está só começando. Os primeiros capítulos foram frenéticos, cheios de emoção, muita festa, brindes, altíssimas cifras. Agora, daqui pra frente, vai depender do desempenho dele, como astro principal , manter essa chama acesa, presentear não só os rubro-negros, mas os amantes do futebol, com atuações dignas de um verdadeiro artista, capaz de contracenar em grande estilo com a bola e com um elenco, onde até mesmo Thiago Neves, também contratado pelo Flamengo, se tornou, nesse momento, um mero coadjuvante.

Ronaldinho atraiu os holofotes do mundo para o Flamengo- disse a presidente Patricia Amorim. Tem razão. Apesar de hoje ele não ser sequer a sombra do jogador que encantou no futebol europeu, aos trinta anos, ainda acumulou fama suficiente para ofuscar qualquer celebridade chegada a manchetes, do tipo Amy Winehouse ou as trágicas notícias das chuvas na região serrana do Rio. O que todos esperam é que, assim como Totó, Ronaldinho ressuscite o enorme talento que possui e mantenha viva a “passione”.

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