terça-feira, 6 de dezembro de 2011

BARRADOS NO BAILE

Cá pra nós. Um campeonato tão sensacional, considerado o melhor dos últimos tempos, em emoção, atuações, jogos memoráveis, gols belíssimos, tinha todo direito a uma festa de encerramento  a  altura do que os clubes e seus times apresentaram dentro das quatro linhas. Com todo respeito que tenho a todos os envolvidos na realização de um evento, que reúne a elite do futebol brasileiro, a festa em São Paulo conseguiu superar as já realizadas no Rio em termos de frieza. Foi um show de equívocos, alguns constrangedores. Bem, mas vamos falar da premiação, que aliás, era o objetivo maior do evento. Dedé , zagueiro do Vasco, foi coroado  como craque, porque a galera é justa.E Neymar o craque do brasileiro, sem surpresas, mas entre tantos premiados, achei que o troféu de melhor goleiro poderia ter sido dado para Fernando Prass, por atuações dignas dos grandes goleiros do mundo. Só pra citar uma defesa, aquela que ele fez num quase gol de Ronaldinho Gaúcho, no último jogo , foi um milagre. Jefferson, que lveou o premio,  teve altos e baixos durante o longo campeonato, diferente de Prass, que se manteve sempre muito bem. Outro troféu que causou estranheza foi o de melhor meia esquerda, para Ronaldinho Gáúcho. R10 teve algumas atuações fraquíssimas no brasileiro, especialmente nas últimas rodadas. Mostrou lampejos de craque em algumas partidas e, eu pergunto...será que ninguém foi melhor que ele¿ Mas tem um detalhe  que é o que mais incomoda:  receber o troféu de campeão num palco, diante de uma platéia black –tie, , me desculpem, mas não tem o menor sentido. Futebol é o momento, a emoção pulsando, suor escorrendo ,choro e gritos nas arquibancadas, abraços, desabafos, torcedores em êxtase, esperando a  hora de levantar o troféu, depois  de um ano de luta e a volta olímpica . Levantar a taça 24 horas depois do apito final é perder a chance de eternizar um gesto tradicional , consagrador, de entrar para a história.  E o torcedor que vai ao estádio o ano todo ver seu time, merece esse momento, tem o direito de ser testemunha, soltar o grito , curtir a taça. Mas nos últimos anos, por mais que ninguém arrede o pé do estádio, o grand finale não acontece e fica a sensação de que faltou o principal. Erguer a taça num teatro fechado para uma platéia vip  é o mesmo que uma escola de samba desfilar para um sambódromo vazio. Ano que vem os dirigentes bem que poderiam entregar a taça no campo e  repetir o gesto na festa. Seria mais justo com o torcedor.

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